Cardiologista e médico do esporte, Mateus Freitas Teixeira apresenta pontos que podem ajudar na escolha das melhores modalidades de atividades físicas para cada caso A palavra cardiopata se refere a um paciente que apresenta alguma doença no coração humano e sistema vascular, dos mais variados tipos. Esse grupo é um dos que mais se beneficia de práticas regulares de atividades físicas, que ajudam a melhorar a função do órgão e podem até reduzir o risco de morte em certos casos.
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Corrida de rua
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Para isso, porém, é importante buscar auxílio médico e de profissionais da educação física e, sobretudo, ter conhecimento prévio dos prós e contras de cada modalidade para determinadas condições de saúde. O EU, Atleta lista, abaixo, quais aspectos podem pesar em cada contexto. O artigo busca dar clareza a importância dos exercícios de força, contínuos e intervalados para os pacientes cardiopatas.
Treino de Força (Resistência)
Prós
Melhora da força e resistência muscular, beneficiando pacientes com sarcopenia ou fragilidade
Auxilia no controle metabólico: redução da glicemia, melhora da sensibilidade à insulina e perda de gordura
Proteção articular e óssea**, importante em idosos e pacientes com osteoporose
Pode reduzir pressão arterial em repouso quando realizado regularmente
Complementa o treino aeróbico, melhorando a capacidade funcional global.
Contras
Risco de picos hipertensivos durante esforço isométrico (manobra de Valsalva), podendo ser perigoso para hipertensos não controlados ou cardiopatas
Maior risco de lesões musculoesqueléticas se a técnica for inadequada
Menor benefício direto no condicionamento cardiorrespiratório (VO? máx.) comparado ao aeróbico ou HIIT.
Treino de força EU Atleta
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Exercício Contínuo (Aeróbico Moderado)
Prós
Melhora da capacidade cardiorrespiratória (VO? máx.), fundamental para pacientes com insuficiência cardíaca ou coronariopatias
Redução da pressão arterial e melhora do perfil lipídico (aumento do HDL, redução de triglicerídeos)
Baixo risco cardiovascular durante a execução, sendo seguro para idosos e cardiopatas estáveis
Promove liberação de óxido nítrico, melhorando a função endotelial
Efeito antidepressivo e de redução do estresse.
Contras
Pode ser monótono, reduzindo a adesão a longo prazo
Tempo necessário: exige sessões mais longas (30–60 min) para resultados significativos
Menor estímulo para ganho de massa muscular** comparado ao treino de força.
HIIT (High-Intensity Interval Training)
Prós
Maior eficiência no tempo: melhora rápida do VO? máx. e função endotelial em sessões curtas (ex.: 20 min)
Melhor controle glicêmico que o exercício contínuo em diabéticos tipo 2
Aumento da capacidade anaeróbica e metabolismo pós-exercício (EPOC)
Pode ser adaptado para cardiopatas (com supervisão e intensidade ajustada).
HIIT treino intervalado usando cordas
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Contras
Maior risco de eventos agudos (arritmias, isquemia) em pacientes não condicionados ou com doença arterial coronariana instável
Exige avaliação prévia rigorosa (teste ergométrico, ecocardiograma)
Pode causar intolerância ortostática em alguns pacientes
Alto impacto articular em modalidades como corrida/sprints.
Recomendações gerais na cardiologia
Pacientes coronarianos estáveis:
Combinar aeróbico moderado + treino de força leve (evitando esforço isométrico excessivo).
Insuficiência cardíaca:
Priorizar exercício contínuo de baixa a moderada intensidade, com possível inclusão de HIIT sob supervisão.
Hipertensos:
Evitar manobra de Valsalva no treino de força; preferir cargas leves com maior número de repetições.
Diabéticos e síndrome metabólica:
HIIT + treino de força mostram benefícios sinérgicos.
Idosos frágeis:
Ênfase em força e equilíbrio, com aeróbico leve a moderado.
Sempre individualizar e supervisionar em casos de cardiopatia conhecida!
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do ge / EU Atleta.
