O mercado brasileiro de soja começou a semana com poucos movimentos. As cotações ficaram mistas, com a Bolsa de Chicago e o dólar em queda, mas Chicago seguiu volátil, com alguns momentos de alta. Os prêmios também recuaram, mas as indicações atuais ainda são boas oportunidades, conforme aponta o consultor de Safras & Mercado, Rafael Silveira.
O produtor, que vendeu bastante nas últimas semanas, agora está um pouco mais tranquilo, esperando por chances ainda melhores, mesmo com os preços atuais sendo bastante atrativos, comenta.
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com comportamento misto. Após alcançar na semana passada os melhores patamares desde o fim de fevereiro, o dia foi marcado por uma consolidação técnica. O mercado continua atento à evolução da guerra comercial entre China e Estados Unidos.
As importações chinesas de soja em grão somaram 3,5 milhões de toneladas em março, uma queda de 36,8% em comparação com o mesmo mês de 2024. Foi o menor volume para o mês desde 2008, refletindo tanto os atrasos na colheita brasileira quanto a cautela dos processadores chineses frente às tarifas sobre os grãos norte-americanos.
No acumulado de 2025, as compras da China totalizam 17,11 milhões de toneladas, retração de 7,9% em relação ao mesmo período do ano passado, ficando abaixo das expectativas de mercado.
A Associação Norte-Americana dos Processadores de Óleos Vegetais (NOPA) divulga nesta terça-feira (15) o volume de esmagamento de soja nos EUA referente a março. A previsão do mercado é de 197,602 milhões de bushels, ante 177,870 milhões em fevereiro e 196,406 milhões em março de 2024.
As inspeções de exportação de soja nos EUA somaram 546.348 toneladas na semana encerrada em 10 de abril, segundo o USDA. Na semana anterior, o volume havia sido de 814.309 toneladas.
Os contratos de soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 1,00 centavo de dólar (0,09%), a US$ 10,41 3/4 por bushel. A posição julho recuou 2,75 centavos (0,26%), cotada a US$ 10,50 1/4 por bushel.
Nos subprodutos, o farelo julho caiu US$ 2,50 (0,81%) para US$ 303,40 por tonelada. O óleo com vencimento em julho fechou a 46,85 centavos de dólar, queda de 0,99 centavo (2,06%).
O dólar comercial encerrou a sessão em baixa de 0,29%, cotado a R$ 5,8513 para venda e R$ 5,8493 para compra. A moeda oscilou entre R$ 5,8276 e R$ 5,8741 ao longo do dia.
Fonte: Canal Rural