Empreendedorismo, gasto público e um chamado à responsabilidade coletiva

Se você é empresário, empresária ou alguém que acredita que o Brasil pode crescer de forma sustentável, me diga com sinceridade: quantas vezes você já discutiu qualidade do gasto público com profundidade? E quantas vezes trocou esse tema sério por debates partidários sem propósito? Chegou a hora de amadurecermos a nossa Visão Empreendedora!

Nesta segunda-feira, 14 de abril, Salvador será palco de um seminário que traz à tona um dos debates mais urgentes para o Brasil que queremos construir: a qualidade do gasto público e a melhoria do ambiente de negócios. E por que isso deveria nos interessar como empreendedores? Porque desenvolvimento econômico, geração de empregos, inovação e competitividade não nascem apenas da iniciativa privada — dependem de um Estado eficiente, moderno, e de políticas públicas sólidas.

A Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), com apoio de instituições como o Instituto Unidos Brasil e a Associação Comercial da Bahia (ACB), reúne nomes importantes da política, do setor produtivo e da gestão pública para discutir o que, de fato, pode transformar a realidade dos negócios no país.

E essa transformação começa com maturidade.

Chega de delegar nosso futuro a decisões políticas que tomam rumos sem a nossa participação. Não dá mais para a classe empreendedora ser apenas expectadora. Nós somos agentes de mudança — e precisamos ocupar os espaços com responsabilidade, lucidez e união.

Enquanto empresários, muitas vezes caímos na armadilha da polarização, da disputa ideológica e, pior, do isolamento. Reclamamos da burocracia, da carga tributária, da insegurança jurídica, mas não nos associamos, não participamos de conselhos, não cobramos políticas públicas inteligentes e, quando cobramos, muitas vezes é de forma rasa, sem dados, sem visão de longo prazo.

Por isso, quero deixar aqui um convite — e, por que não, uma provocação:

Está na hora de evoluirmos a nossa mentalidade.

Está na hora de entendermos que o crescimento do Brasil passa por um pacto entre governo, iniciativa privada e sociedade civil.

E isso só acontece quando assumimos o protagonismo.

Não se trata de ser a favor ou contra esse ou aquele partido. Trata-se de olhar para o futuro do nosso estado e do nosso país com a clareza de quem empreende, gera emprego, inova e acredita no potencial transformador da economia.

A Bahia precisa desse olhar. Feira de Santana precisa. O Brasil inteiro precisa.

Afinal, como nos ensina um provérbio africano: "Se quiser ir rápido, vá sozinho. Se quiser ir longe, vá em grupo."

Pois eu te pergunto, minha Potência: até quando vamos preferir andar rápido ao invés de construir algo verdadeiramente grandioso, juntos?

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